submergir
para emergir
em outro estado
consciente
em algum perímetro
desmembrando o corpo
pálido
que respira
por pudores pulmonados
cravados da mesma bala
que mata e defende
que atravessa e é chupada
pela puta
pela criança
ambas
desdentadas
é aviso de hora
que culmina na semana
do museu sem história
que clama
em chamas
é Portugal
é bacanal
é ouro é ouro
é sal
uma cruz de sal
onde deita o índio
mestiço de muitos
vivos
mortos
em muitos cemitérios
virado de bruços
de olhos esbugalhados
atravessado pelo pó do tempo
a contratempo
paro
reparo
e avisto
o que faz visto no raio
no clarão que passa
um raio
de luz solar
um oasis
que escorre pelas
frestas de milhões
de crânios
na malha social
do esquecimento púbico
–
Por André Nishihara
Texto reflexivo… parabéns
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Obrigado Alan que bom que tenha gostado.
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Vc escreve bem amigo
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